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Batendo Água

Luiz Marenco

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     G
Meu poncho emponcha lonjuras batendo água

    Am7                                D7
E as águas que eu trago nele eram pra mim
Asas de noite em meus ombros sobrando casa

 C                    D7               G
Longe "das casa" ombreada a barro e capim
Faz tempo que eu não emalo meu poncho inteiro

   Am7                                     D7

Nem abro as asas da noite pra um sol de abril
Faz muitos dias que eu venho bancando o tino

      C              D7                G
Das quatro patas do zaino pechando o frio
(Troca um compasso de orelhas a cada pisada

                                        D7
No mesmo tranco da várzea que se encharcou

Am7                C                    D7        Bis
Topa nas abas sombreras, que em outros ventos

                                           G
Guentaram as chuvas de agosto que Deus mandou)

Int.

Meu zaino garrou da noite o céu escuro

  Am7                                 D7
E tudo o que a noite escuta é seu clarim
De patas batendo n'água depois da várzea

  C                   D7              G
Freio e rosetas de esporas no mesmo trim
Falta distância de pago e sobra cavalo

   Am7                               D7
Na mesma ronda de campo que o céu deságua
Que tem um rumo de rancho pras quatro patas

 C                    D7          G
Bota seu mundo na estrada batendo água
(Porque se a estrada me cobra, pago seu preço

                                    D7
E desabrigo o caminho pra o meu sustento

Am7                 Am7/G Am7 Am7/G D7                  Bis
Mesmo que o mundo desabe num tempo feio

                                        G
Sei o que as asas do poncho trazem por dentro)

Int.
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