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Os Cataventos do Tempo

Jari Terres

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Em B7 Em



Por estes campos de invernadas da estância
                         E7            Am
Sofreno o zaino bem em frente a uma tapera
                                   B7
Onde cravada junto a sombra da figueira
                                  Em
Uma cruz grande vai somando primaveras


Cruz de galhos tão antiga quanto o tempo
                     E7            Am
Que fez macegas crescerem pelo potreiro
                                     B7
Junto às raízes, mesma terra qual semente
                                        E   B7
Descansa em paz, com certeza, algum campeiro

E                                  C#m  A G#m7
E os meus olhos, que viveram mananciais
F#m7         B7                   Em  B7
Hoje pararam, contemplando o arvoredo
                                 C#m  A  G#m7
E um ventito, voa as asas do meu pala
F#m7          B7                    Em  B7
Chega soprando da cacimba algum segredo
Int.
                                B7
Talvez um marco, delimitando divisas
                     E7              Am
Numa fronteira entre a campanha e o céu
                                     B7
Quantos andantes que cruzaram por aqui
                                    Em
Em reverência ergueram a aba do chapéu


E a cruz de galho, cata-ventos de um tempo
                         E7           Am
Não gira tanto quanto o tempo que passou
                                    B7
Pela campanha que se perde em invernadas
                                     E    B7
Quantas mais cruzes o destino já cravou

E                                     C#m   A  G#m7
(E esses campeiros, que sob cruzes descansam
F#m7            B7                      E   B7
Feito um angico, que nasce em fundo de campo
 E                                  C#m   A  G#m7
Foram um cerne bueno e firme que tombaram
F#m7          B7                  E   B7
Pois nem o cerne da madeira dura tanto)
( )
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