Ivonir Machado

Vaneira da Bossoroca

Ivonir Machado

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Velha vaneira baguala que estufa os foles da gaita
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Riscando a unha do taita cheia de furo de bala
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Tomando conta da sala o mesmo que lagartixa
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E o chinaredo cochicha quando seu ronco se cala

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Se mistura no balanço a poeira do chão batido
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E os babados do vestido corcoveiam sem descanso
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E o índio metido a ganso grudado a fita vermelha
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Fica boqueando na orelha num jeitão de sorro manso

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(A fumaça do candeeiro se adelgaça e se esparrama
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Perseguindo alguma dama de sorriso feiticeiro
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E nunca falta um salseiro que é tradição secular
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E os índios que vem mamar na garrafa do gaiteiro)
Int.
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Vaneira que nasceu guacha na caixa de uma cordeona
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Mamando numa siá dona destas que escondem a graxa
                   D7                      Em7
Andou na pampa buenacha queimada de sol e brasa
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E quando não tinha casa dormia dentro da caixa

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Nos comércios de carreira nos velórios e carpeta
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Sob a quincha das carretas ouvindo truco e primeiras
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Nos bochinchos de fronteira nunca vai faltar um taita
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Pra dar um talho na gaita e deixar livre a vaneira

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O próprio índio que toca esta vaneira machaça
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É o sacerdote da raça nas bruxarias que invoca
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E os arrepios que provoca neste galope estendido
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Nos levam ao chão batido dos ranchos da bossoroca
( )Int.
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