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Apologia Ao Crime

Detentos do Rap

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As portas estão fechadas 
Uma oportunidade lhe foi negada 
Ao sair da prisão com a intenção de sua vida mudar 
De batalhar de maneira honesta 
Não quer ir para a detenção de um novo regresso 
E ele vai caminhar 
As primeiras semanas nas ruas são uma maravilha 
Curtindo as novidades que não tinham na ilha 
Sem contar os encontros com os camaradas 
É foda mili ano fora da quebrada 
Mas a realidade é outra vamos se ligar 
Agora eu tenho mulher e filho pra sustentar 
Vou dar um rolê na cidade olhar uns anúncios para trabalhar 
Na estação do metrô pega um guia de empregos 
Logo em cima um anúncio servente de pedreiro 
Mas logo de cara a oportunidade lhe é negada 
Seu antecedente consta ex 
prisioneiro 
É foda tanta umilhação 
Estou fazendo de tudo pra não voltar pro crime mas não 
Andei pra caralho revirei São Paulo quase toda 
Várias umilhações fui tratado como um porco 
E ele está de volta em casa com muito suor no rosto e nada no bolso 
Na mente da sociedade uma vez criminoso sempre criminoso 
E não é por aí 
Um humilde pai de família que se meteu a roubar 
Porque se desesperou por não ter dinheiro pra sua família sustentar 
E as vezes ele exclama 
Eu só queria ter uma vida normal 
Uma oportunidade numa multinacional 
Uma humilde conta no banco, um lar, um carro nacional 
Mas entra mês e sai mês e ele continua, já tentou de tudo 
Até vender cachorro quente nas 
Mas são mulher e cinco filhos que ele tem pra sustentar 
A situação não muda 
Ele começa a se desesperar 
No DVC uma passagem 
Fortemente popular 
É foda apologia ao crime 
Eu vou voltar a roubar 
Foda 
se a sociedade 
fudido por fudido, fudido também vou tá 
As portas estão fechadas 
Uma oportunidade lhe foi negada 
Ele sai na captura dos contatos 
Muitas drogas 
Muitas armas 
Ele envolve seu corpo 
Vende sua alma 
Conexão forte 
Pacto de morte 
Ele começa a traficar 
1, 2, 3, 4, 5, 6 
Em cada boca mais ou menos uns 300 fregueses 
No desbaratino começa se destacar 
Já comprou seu carro 
Montou seu lar 
Todos os sonhos começam a se realizar 
O tratamento da sua filha paraplégica 
Também pode começar 
E aquela cesta com a bola de basquete 
Que ele não podia dar para o seu 
Realmente dinheiro já não era mais problema 
Aumentavam os pontos, cresciam as vendas 
E as vezes se ele lembrava 
Quantas vezes uma oportunidade pra mim foi negada 
Mas nem tudo é um mar de rosas 
Se tem uns atrasados com cara de bosta e é preciso matar 
O buchicho tá alto 
Urubu está voando baixo 
O seu nome tá envolvido até os pingos dos "IS" 
Mas ele já disse 
E volta a repetir 
Pra cadeia eu não volto, prefiro me destruir 
Tudo que ele queria era 
Para trabalhar sustentar mulher e filhos e seu lar 
Mostrar seu outro lado que não é um 
Não é um vagabundo 
Psicopata, ocular 
Só que no sábado à tarde perto da sua casa 
Freadas de pneus, gritaria e várias rajadas 
Aquele homem que a oportunidade sempre foi negada 
Em frente ao bar foi brutalmente assassinado 
Fica no ar 
As portas estão fechadas 
Uma oportunidade lhe foi negada 
Detentos do Rap no ar 
Como que vai ser a vida dos filhos 
Desse cidadão Brasileiro 
Que se envolveu no 
Por não lhe darem emprego 
Particularmente no meu linguajar, o fim deles também termina em frente algum bar 
um bar qualquer um desses de esquina numa poça de sangue e o bolso cheio de cocaína 
Realmente virou sua sina 
As portas estão fechadas 
Uma oportunidade lhe foi negada 
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