Tonico e Tinoco

Tonico e Tinoco

Virar fã

Sertanejo

Acessos: 43.175 exibições

Biografia

Se tem uma dupla sertaneja que bateu recordes de vendas no mundo inteiro, e que é renomada até fora do país, esses sim são Tonico & Tinoco. Com a simplicidade do sertão, músicas com letras rurais, e a moda de viola presente, venderam 150 milhões de discos no mundo, parece que 70% foi fora do país e 30% nos EUA, mas a gente não sabe ao certo.
Nascidos João e José Salvador Perez, Tonico e Tinoco, formaram a dupla sertaneja que mais tempo atuou no Brasil. Foram mais de cinquenta anos de carreira artística, já que a carreira musical da dupla se iniciou na década de 1930, no interior de São Paulo, quando eram ainda adolescentes. Mas a carreira artística, começou de fato no programa "Arraiá da Curva Torta" , em 1942, apresentado por Capitão Furtado na Rádio Difusora de São Paulo, na Capital São Paulo. Este Capitão Furtado, era o nome artístico de Ariovaldo Pires, sobrinho de Cornélio Pires, o fundador oficial das gravações sertanejas ainda em 1929. E Capitão Furtado foi quem deu o nome à dupla, que até então se apresentava como os Irmãos Perez. Nessa mesma época cantavam com eles, na mesma emissora, um duo feminino de nome Rosalinda e Florisbela. Rosalinda, era a atual aprentadora de TV Hebe Camargo, que então à época cantava com sua irmã e viu com seus próprios olhos nascer "in-loco" àquela famosa dupla Tonico e Tinoco, que depois ganhou o codinome de "A Dupla Coração do Brasil".

A discografia de Tonico e Tinoco e riquíssima, e começou em abril de 1944, com o cateretê "Em Vez de Agradecer" do próprio Capitão Furtado, Jaime Martins e Aimoré, num disco de 78rpm, que, em 26 de novembro do mesmo ano, tinha no outro lado a música "Salada Internacional", interpretada por Palmeira e Piraci e foi lançado em 1945. Daí em diante, vieram, entre outras, "Chico Mineiro", de Francisco Ribeiro e Tonico, da qual a dupla se orgulhava havê-la gravado ainda 1944, em Sol Maior, e cantar ainda na velhice com o mesmo impacto e desempenho. "Canoeiro", de autoria de Zé Carreiro e Carreirinho, foi imortalizada pela dupla a exemplo de " Sertão do Laranjinha", uma das primeiras, adaptada pelo Capitão Furtado. Imortalizaram outros sucessos, alguns de própria autoria e de outros e/ou em parcerias diversasn não necessariamente em ordem cronológica, já houve regravações deles próprios e de outros, belíssimas páginas, tais como: "Moreninha Linda" (Tonico-Priminho-Maninho), "Cana Verde" (Tonico-Tinoco), "Velhas Cartas" (Tonico-Tinoco), "Rio Pequeno" (Tonico-João Merlini), "Brasil Caboclo" (Tonico-Wálter Amaral), "Menino da Porteira" (Teddy Vieira-Luizinho), "Arrasta-pé na Tuia" (Tonico-Tinoco), "Boiadeiro Punho de Aço" (Teddy Vieira-Pereira), "Três Cuiabanas" (Carreirinho), "Adeus, Morena Adeus" Luiz Alex-Piracy), "Saudades de Araraquara" (Zé Carreiro), "O Filho do Carpinteiro" (Tonico-Zé Paioça), "A Marca da Ferradura" (Riachão-Tonico-Tinoco), "Paineira Velha" (Zé Fortuna), "Cavalo Zaino" (Raul Torres), "Mourão da Porteira" (Raul Torres e João Pacífico), "Burro Picaço" (Anacleto Rosas Júnior), "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Júnior), "Chalana" (Mario Zan/Arlindo Pinto), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Boiada Cuiabana" (Raul Torres), "Canta Moçada" (Tonico/Nhô Fio), "Meu Sertão" (Tonico-José Lopes), "Vida de Operário" (Marumbi-D.Hilário-Nhô Neco), "João de Barro" (Teddy Vieira-Muíbo Cury), "Adeus Mariana" (Pedro Raymundo), etc.. Inclusive O Gondoleiro do Amor, uma versão musical de Fábregas para a a mesma belíssima poesia homônima do grande poeta Castro Alves.

Portadores de vozes privilegiadas, afinação de qualidade inquestionável, um dueto quase perfeito, a carreira da dupla só terminaria em 1994, com a morte de Tonico, (num acidente similar ao que sucedeu em 2007, ao Zico, parceiro da dupla Zico e Zeca). Não fosse isso, certamente a mirar pelo parceiro sobrevivente a dupla teria continuado, já que mesmo após a morte do irmão-parceiro, Tinoco ainda hoje, aos 88 anos e com alguns problemas de saúde, faz shows em viagens pelo interior do Brasil. Muito embora por alguns anos tenha tentado formar dupla com o seu filho adotivo, que foi adotado artisticamente como Tinoquinho, atualmente Tinoco canta só, e se orgulha, muito justamente, de além de fazer a mesma "primeira" voz, ainda faz também até a "segunda" voz , que foi à de seu inseparável irmão Tonico. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.